Primeiros Socorros

Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Santana

Convulsões

Convulsões

 

As crises convulsivas são provocadas por um excesso de atividade elétrica no cérebro que resulta numa breve rutura das mensagens que passam entre as células cerebrais. Podem ser causadas por crises de epilepsia, por traumatismos cranianos, entre outras causas. O melhor primeiro socorro é evitar que a vítima se magoe durante todo o episódio, que normalmente demora apenas alguns minutos.

 

Como identificar? Aqui ficam alguns sinais e sintomas:

  • Perda súbita da consciência;
  • Movimentos involuntários de parte ou de todo o corpo, tipo tremores;
  • Cor arroxeada da face;
  • Maxilares cerrados;
  • Mordedura da língua (poderá aparecer sangue na boca);
  • Incontinência urinária;
  • Após acordar, a vítima recupera a consciência mas poderá apresentar-se desorientada;
  • Possível sonolência e sem memória do episódio, que gradualmente vai recuperando.

 

O que fazer:

  • Torne a área segura e, se conseguir, ampare a vítima na queda. Afaste todos os objetos que estejam em redor da vítima, evitando que esta se magoe;
  • Proteja a cabeça da vítima: coloque almofadas, toalhas enroladas, cobertores ou, em último caso, estabilize a cabeça da vítima com as suas mãos para que esta não embata contra algo;
  • Não coloque nada na boca. Nada!;
  • Coloque a vítima em Posição Lateral de Segurança, assim que parar de tremer;
  • Ligue 112.

 

Fonte : INEM

Traumas

TRAUMATISMO CRANIANO

 

Qualquer pancada na cabeça é potencialmente grave. Mesmo uma pancada relativamente ligeira pode afetar o estado de consciência. O tecido cerebral ou os vasos sanguíneos dentro do crânio podem ser danificados e os efeitos não serem aparentes de imediato. Uma pessoa pode parecer bem mas depois ter uma dor de cabeça ou até desmaiar.

 

Nunca abandone uma vítima que tenha sofrido uma lesão na cabeça.

 

Sinais e sintomas:

  • Dor de cabeça moderada, agravando progressivamente;
  • Não se recordar de acontecimentos recentes e/ou do acidente;
  • Confusão e comportamento estranho;
  • A vítima poderá ficar inconsciente;
  • Ferida, corte ou hemorragia associadas.

 

O que fazer:

  • Evite mover a vítima caso esta tenha desmaiado ou sinta formigueiros em alguma parte do corpo.
  • Aplique gelo na região inchada da lesão;
  • Avalie a situação para perceber se as queixas vão desaparecendo;
  • Se não melhorar, ligue 112.

 

No caso de existir uma hemorragia na cabeça:

  • Lave com água ou soro até remover as impurezas visíveis;
  • Coloque uma compressa sobre o local da hemorragia, fazendo pressão;
  • Coloque uma ligadura à volta da cabeça de forma a garantir que a compressa fica em pressão e corretamente colocada;
  • Leve a vítima para os serviços de urgência ou em casos mais graves ligue 112.

 

Atenção:

  • Lembre-se que em caso de acidente de viação, queda ou suspeita de lesão ao nível da coluna, não deve movimentar a vítima.
  • Se a vítima necessitar de tratamento médico, não lhe dê nada a comer ou beber.
  • Se a vítima tiver sede, molhe apenas os lábios com água

 

 

 

 TRAUMATISMO DA COLUNA

 

A coluna vertebral suporta o corpo e protege a medula espinal. Um traumatismo na coluna pode fraturar uma ou mais vértebras ou lesar os músculos. Um trauma grave pode danificar a medula espinal, o que pode resultar numa lesão grave como a perda permanente de mobilidade em qualquer parte do corpo abaixo desse ponto.

 

Se uma pessoa cair desamparadamente, sobre as costas e o pescoço, suspeite sempre de um traumatismo na coluna. É mais seguro imobilizá-la do que arriscar um dano permanente se a movimentar.

 

Assim, nas situações seguintes, nunca deve movimentar a vítima, a menos que esta esteja em perigo imediato de vida:

  • Queda de uma certa altura, por exemplo de um escadote, pelas escadas ou de um cavalo;
  • Acidentes de viação, como atropelamentos, quedas de moto, colisões ou despistes…
  • Dores fortes no pescoço ou nas costas;
  • Sinais de lesões na cabeça;
  • Formigueiros nos membros.

 

O que fazer:

  • Tranquilizar a vítima e ligar 112.
  • Evitar que ela se mexa ou que a movam.
  • Se possível, imobilize a cabeça da vítima, segurando a cabeça exatamente na posição em que a encontrou.
  • Aguardar a chegada dos meios de emergência, conversando e acalmando a vítima.

 

Ter em atenção que uma vítima que se suspeita de trauma ao nível da coluna não deve, em momento algum, ser movimentada.

 

É importante saber que a partir do momento em que se coloca as mãos na cabeça da vítima, garantindo a sua estabilização, não deve voltar a largar.

 

 

 

TRAUMA DO MEMBRO SUPERIOR

 

Normalmente é necessária uma força considerável para se partir um osso, mas a força pode também provocar uma luxação, entorse ou até rasgar ou distender um músculo. A menos que se veja a extremidade de um osso numa ferida ou a deformação seja evidente, é impossível saber se um osso está partido sem uma radiografia.

 

Sinais e sintomas:

  • Deformidade ou inchaço no ponto da lesão: compare o membro ferido com o membro são;
  • Dor que aumenta ao movimento;
  • A vítima pode não ser capaz de dobrar o braço;
  • Se a vítima estiver a segurar no braço e inclinada para o lado da lesão;
  • Se o ombro parecer mais plano que o outro;
  • Possível ferida junto do osso partido;
  • Extremidade do osso à vista.

 

Aviso:

Se existir um ferimento, tape-o com uma compressa para o proteger de infeções e controle a hemorragia. Imobilize sempre a lesão antes de transportar alguém para minimizar o risco de lesão adicional.

 

O que fazer:

  • Ajude a vítima a sentar-se e apoie o braço, fazendo um ângulo de 90º, suportado pelo outro braço;
  • Coloque uma ligadura que envolva o cotovelo e o antebraço e que fique suportada pela região do pescoço;
  • Se possível, transporte a vítima ao hospital;
  • Ligue 112 se necessário.

 

 

 

TRAUMA DO MEMBRO INFERIOR

 

Uma lesão na bacia ou num membro inferior é, na maior parte das vezes, provocada por uma queda, podendo originar luxações, entorses e ossos partidos. Traumatismos na bacia ou no fémur poderão causar hemorragia interna e estado de choque.

 

Compare sempre o membro lesado com o membro são, quando estiver a avaliar a gravidade de um traumatismo. É mais seguro encarar um traumatismo como se se tratasse de uma fratura.

 

Sinais e sintomas de uma lesão no membro inferior:

  • Deformidade ou inchaço no local da lesão
  • Uma perna poderá estar virada para fora
  • A vítima poderá não conseguir andar sobre a perna lesada
  • Dores fortes no local da lesão
  • Uma perna mais curta que outra

 

Como atuar perante uma lesão na perna:

  • Apoie a perna ferida, colocando toalhas enroladas de cada lado da perna e não deixe a vítima andar;
  • Solicite a alguém que ligue 112;
  • Mantenha a perna imobilizada até à chegada das equipas de emergência.

 

Como atuar perante uma lesão na bacia:

  • Ajude a vítima a deitar-se e não a deixe andar;
  • Procure confortar a região da bacia com casacos, por exemplo, sem a movimentar;
  • Ligue 112 e mantenha as pernas imobilizadas até à chegada do socorro.

 

Como atuar perante uma lesão no joelho:

  • Não deixe a vítima movimentar-se e coloque algo por baixo do joelho, por forma a manter uma posição confortável;
  • Ligue 112 e não deixa a vítima movimentar-se até à chegada das equipas de emergência.

 

Aviso:

Não deixe uma vítima com uma lesão num dos membros inferiores andar. A vítima tem de ser transportada a um hospital de maca. Evite movimentos desnecessários, visto que as extremidades dos ossos partidos podem danificar algum vaso sanguíneo ou os nervos da área afetada.

 

Fonte: INEM

Traumas
Hemorragias

Hemorragia Grave

Uma vítima que sangra continuamente corre risco de vida. É por isso vital controlar esta perda de sangue o mais depressa possível. Tendo em conta que uma hemorragia pode ser capilar, venosa ou arterial (sangue sai em jato), equacione a forma mais adequada que permita o controlo da hemorragia.

 

Como devemos atuar?

 

Aplique pressão: coloque uma compressa limpa e seca diretamente sobre o ferimento e pressione com firmeza. Se a compressa ficar empapada de sangue, não a retire e coloque outra por cima. Se necessário, retire ou corte as roupas para expor a lesão.

 

Eleve e apoie: se a hemorragia for num membro, deve elevá-lo para que fique num nível superior ao do coração da vítima, de modo a diminuir o afluxo de sangue à zona afetada.

 

Segure a compressa com uma ligadura: coloque uma ligadura em torno da compressa para a segurar no lugar e manter a pressão. Se o sangue ensopar a compressa, cubra-a com outra, utilizando uma nova ligadura para fixar.

 

Ligue 112 assim que possível.

 

Atenção:

  • Procure utilizar luvas para garantir as melhores condições de segurança para si e para a vítima;
  • Caso a vítima se sinta cada vez mais fraca, deite-a e eleve-lhe as pernas ligeiramente acima do nível do coração (+-30°);

Se existir algum objeto estranho a perfurar a vítima, não o remova: imobilize-o.

 

Fonte : INEM

Intoxicação

Vivemos rodeados de possíveis tóxicos que utilizamos constantemente nas nossas casas, garagens, fábricas, no campo. Quando acontece uma intoxicação precisamos de saber como atuar. Os conselhos que aqui lhe deixamos são essenciais para a abordagem a este tipo de situações e permitem que cada cidadão tenha o conhecimento necessário para atuar em caso de intoxicação.

 

O que fazer:

  • Mantenha a calma. Não se precipite, mas não perca tempo;
  • Contacte o Centro de Informação Antivenenos (CIAV), através do número 808 250 143;
  • Responda às perguntas do médico do CIAV:
  1. Quem?
  2. O Quê?
  3. Quanto?
  4. Quando?
  5. Onde?
  6. Como?
  • Se não conseguir ligar para o CIAV, ligue 112 ou dirija-se ao hospital mais próximo;
  • Leve sempre consigo as embalagens dos produtos que originaram a intoxicação.

 

Não se esqueça:

  • A calma é muito importante;
  • Telefonar para o CIAV é essencial. Um médico atende-o e explica-lhe o que deve fazer em caso de intoxicação;
  • Grave o número do CIAV no seu telemóvel – 808 250 143

 

 

COMO EVITAR INTOXICAÇÕES ACIDENTAIS

A maioria das intoxicações ocorrem de forma acidental, quer seja por descuido ou simplesmente porque as crianças gostam de brincar com coisas diferentes. A ingestão de produtos químicos pode colocar crianças ou adultos em risco de vida.

 

Por tudo isto, o INEM deixa aqui alguns conselhos para evitar intoxicações acidentais:

  • Guarde os medicamentos e outros produtos químicos num local seguro e de difícil acesso às crianças;
  • Explique às crianças o risco de se mexer em produtos perigosos e medicamentos;
  • Não tome nem dê medicamentos às escuras e não exceda as doses prescritas;
  • Não utilize embalagens vazias para guardar outros produtos;
  • Não aplique raticidas em locais acessíveis às crianças;
  • Leia as instruções de aplicação com cuidado e aplique os produtos cumprindo as regras de segurança;
  • Feche as embalagens e guarde os produtos imediatamente após o uso;
  • Não coloque produtos de uso doméstico junto de comidas ou bebidas;
  • Não dê embalagens vazias às crianças para brincar;
  • Feche as torneiras do gás após a sua utilização e tenha as instalações em bom estado;
  • Não tenha instalações de gás na casa de banho;
  • Guarde em segurança as bebidas alcoólicas;
  • Não esqueça que os perfumes, águas-de-colónia e loções para a barba podem ser soluções alcoólicas, pelo que devem estar devidamente guardados;
  • Não tenha plantas tóxicas em casa ou no jardim, tendo crianças pequenas.
  • Cuidado com as bagas!

 

INTOXICAÇÃO POR CONTACTO COM OS OLHOS OU COM A PELE

O contacto com produtos químicos pode resultar em queimaduras graves que precisam de cuidados urgentes. A gravidade da queimadura depende da substância envolvida e de quanto tempo esteve em contacto com o corpo.

 

Contacto com os olhos

Determinados produtos podem provocar lesões graves e até cegueira.

 

Sinais e Sintomas

  • Dor e vermelhidão
  • Lacrimejo e irritação
  • Incapacidade de abrir os olhos
  • Pálpebras inchadas
  • Perda de visão ou vista turva

 

Atuação

  • Avalie a situação – segurança, proteção (ex.: luvas), riscos, qual o produto.
  • Lave com água corrente durante 15 minutos mantendo as pálpebras afastadas.
  • Tape o olho atingido, podendo mesmo tapar os dois por forma a evitar movimentos.
  • Ligue para o Centro de Informação Antivenenos – 808 250 143.

 

Contato com a pele

A localização das lesões normalmente surge na parte do corpo exposta ao químico. No entanto, pode ser absorvido pelo organismo e apresentar alterações noutras regiões do corpo.

 

Sinais e Sintomas

  • Vermelhidão e possível formação de bolhas
  • Comichão
  • Inchaço
  • Queimaduras

 

Atuação

  • Avalie a situação – segurança, proteção (ex.: luvas), riscos, qual o produto, queimaduras (algumas podem não ser visíveis imediatamente).
  • Coloque a vítima em segurança – local seguro e bem ventilado.
  • Ajude a vítima a retirar roupas contaminadas.
  • Lave abundantemente com água corrente durante 15 minutos – tenha cuidado para que o produto não escorra sobre partes do corpo não afetadas.
  • Ligue para o Centro de Informação Antivenenos – 808 250 143.

 

INTOXICAÇÃO POR INGESTÃO

A ingestão de produtos tóxicos pode ocorrer acidentalmente ou deliberadamente. Em ambos os casos é uma emergência que pode mesmo colocar em risco a vida. Crianças e idosos tendem a ser grupos de risco no que respeita a este tipo de intoxicação, quer pela atração que as embalagens possam representar para as crianças, quer pelo engano na toma dos medicamentos pelos idosos.

 

Sinais e Sintomas:

  • Queimaduras ou bolhas, junto da boca
  • Fortes dores de barriga
  • Vómitos e diarreia com a possibilidade da presença de sangue
  • Dificuldade respiratória
  • Convulsões
  • Alterações da consciência – desmaios, sonolência, agitação

 

Atuação:

  • Recolha informação sobre o produto ingerido, pedindo ajuda à vítima se esta estiver capaz de falar.
  • Acalme a vítima.
  • Caso ainda exista alguma substância na boca, peça à vítima para a expelir.
  • Dê a beber alguns goles de água ou leite.
  • Se a vítima vomitar espontaneamente, incline-a ligeiramente para a frente por forma a escoar o produto.
  • Não provoque o vómito.
  • Contacte o Centro de Informação Antivenenos (CIAV) através do número 808 250 142

 

Fonte : INEM

Intoxicação
Obstrução da Via Aérea

Obstrução da Via Aérea

A obstrução da via aérea consiste no que habitualmente se designa por “engasgamento”. Quando se trata de uma obstrução por um corpo estranho a vítima vai ter dificuldade em respirar porque o ar não chega aos pulmões.

 

Se a vítima conseguir tossir, ainda passa algum ar para os pulmões e estamos perante uma Obstrução Ligeira. Se a vítima deixar de conseguir tossir, estamos perante uma Obstrução Grave da Via Aérea.

 

Num adulto ou numa criança, o procedimento é basicamente o mesmo, apenas com algumas adaptações em função da idade da vítima.

 

Como proceder perante uma obstrução da via aérea?

  • Enquanto a vítima conseguir tossir, encoraje a tosse na tentativa de expelir o corpo estranho;
  • Se resolver, avalie a situação e recorra a um serviço de saúde se necessário;
  • Se a vítima não conseguir tossir, aplique cinco pancadas nas costas:
  1. Coloque-se ao lado e ligeiramente por detrás da vítima;
  2. Passe o braço por baixo da axila da vítima e suporte-a a nível do tórax com uma mão, mantendo-a inclinada para a frente, numa posição tal que se algum objeto for deslocado com as pancadas possa sair livremente pela boca;
  3. Aplique até 5 pancadas com a base da outra mão, na parte superior das costas, entre as omoplatas.
  • Se não resolver a obstrução efetue até cinco compressões abdominais:
  1. Coloque-se por trás da vítima e circunde o abdómen da vítima com os seus braços;
  2. Feche o punho de uma mão e posicione-o acima do umbigo, com o polegar voltado contra o abdómen da vítima;
  3. Sobreponha a 2ª mão por cima da outra e aplique uma compressão rápida para dentro e para cima;
  4. Repita até cinco vezes este processo
  • Intercale as pancadas nas costas com as compressões abdominais até a situação se resolver ou a vítima ficar inconsciente;
  • Se a vítima ficar inconsciente, ligue de imediato 112 e inicie Suporte Básico de Vida.

 

Qualquer vítima que tenha sido sujeita a este tipo de manobras, deve ser encaminhada ao Hospital para prevenir algum tipo de lesão associada (ligue 112).

 

Particularidades da OVA Pediátrica:

No caso de um bebé (até um ano), realize as pancadas nas costas segurando-o de barriga para baixo com a cabeça levemente mais baixa do que o tórax, apoiada no seu antebraço e apoie a cabeça e a mandíbula do lactente com a sua mão;

 

Substitua as compressões abdominais por compressões torácicas, usando apenas 2 dedos para comprimir o tórax. Verifique a boca no final de cada ciclo de 5 compressões

 

Fonte: INEM

Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM)

O Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM), vulgarmente conhecido por ataque cardíaco, é uma emergência médica em que cada minuto conta porque há o risco de o coração parar. O seu objetivo é confortar, apoiar e monitorizar a condição da vítima enquanto espera pelos serviços de emergência.

 

O reconhecimento precoce dos sinais e sintomas do EAM é fundamental e deve motivar o contacto com o 112. Esta é a via preferencial dado que reduz o intervalo de tempo até ao início da avaliação, diagnóstico, terapêutica e agilização do transporte para a unidade hospitalar mais adequada.

 

São sinais e sintomas de um possível Enfarte:

  • Dor apertada no peito com uma sensação de esmagamento e que não acalma quando a vítima se põe em repouso;
  • Irradiação da dor para o braço, pescoço, mandíbula ou costas;
  • Dificuldade em respirar;
  • Pele pálida, acinzentada, pegajosa ou suada;
  • Desconforto abdominal, náuseas e vómitos.

 

Encontrando-se perante sinais e sintomas de um Enfarte, deve ter em atenção o seguinte:

  • Coloque a vítima confortável: tranquilize a vítima, sente-a numa posição confortável e impeça-a de fazer qualquer tipo de esforços;
  • Não perca tempo e ligue imediatamente para o 112: colabore com o Operador do INEM informando quais os sinais e sintomas que a vítima apresenta;
  • Explique o que se passa e siga as instruções que lhe forem dadas;
  • Monitorize a vítima: observe a atividade respiratória e a pulsação enquanto aguarda pelas equipas de emergência. Se existir alguma alteração deverá transmiti-la às equipas;
  • Não deve ir para o hospital por meios próprios: o hospital mais perto pode não ser o mais indicado;
  • Nunca espere que a dor passe por si: o tempo de atuação é fundamental!

 

O EAM é uma das principais causas de morte em Portugal, ocorrendo quando se dá uma interrupção súbita da perfusão sanguínea coronária, prolongada e total ou quase total, que só é confirmado após a realização de um eletrocardiograma.

 

A realização de exames médicos de rotina, os hábitos de vida saudáveis, a prática de desporto de forma regular, evitar o tabaco e a vida sedentária, são algumas das formas de prevenção eficazes e acessíveis a todos os cidadãos

 

 Fonte: INEM

Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM)
Posição Lateral de Segurança

Posição Lateral de Segurança (PLS)

Se se deparar com uma vítima inconsciente mas a respirar normalmente e se não suspeitar ser vítima de trauma, deve colocá-la na chamada “Posição Lateral de Segurança” (PLS).

 

Nesta posição as vias aéreas ficam desimpedidas, garantindo que a queda da língua não impede a passagem de ar para os pulmões e que, caso existam líquidos, não obstruam as vias aéreas. Abandone a vítima apenas se necessário para ir chamar ajuda e avalie-a regularmente para assegurar que não há agravamento do seu estado clínico.

 

Siga estes passos:

  • Ajoelhe-se e alinhe o corpo da vítima, que deve ficar com os braços estendidos ao longo do corpo. Retire-lhe óculos e objetos volumosos dos bolsos.
  • Coloque o braço da vítima que está junto a si dobrado, com a palma da mão virada para cima e ao nível da cabeça.
  • Permaneça onde está e pegue na outra mão da vítima. Dobre-lhe o braço por forma a cruzar o peito e a colocar as costas da mão na face da vítima do seu lado. Após este movimento, segure do lado oposto ao seu a perna da vítima na zona do joelho, levante-a e dobre-a.
  • Utilize a perna dobrada para ajudar a rolar a vítima para o seu lado. Durante este movimento mantenha uma mão a apoiar a cabeça da vítima enquanto a faz rolar.
  • Certifique-se que a vítima está a respirar.
  • Ligue 112 e fique atento a alterações do estado da vítima enquanto aguarda pelo socorro.

 

Fonte: INEM

Queimaduras

As queimaduras são lesões que resultam do contato com o calor ou frio extremo, substâncias químicas, eletricidade ou radiações. Os acidentes por queimaduras são muito frequentes e na sua maioria consistem em pequenas lesões que não originam grandes complicações.

 

No entanto, algumas queimaduras são potencialmente incapacitantes ou fatais, exigindo um tratamento correto e o mais precoce possível.

 

Algumas queimaduras, em certos locais do corpo humano, podem não só afetar a funcionalidade normal do corpo, como serem fatais. O socorro a estas vítimas resume-se essencialmente ao arrefecimento da queimadura e à prevenção das infeções. As queimaduras estão dividias em três níveis de gravidade.

 

Queimadura 1º grau (Menos grave):

  • Vermelhidão
  • Calor
  • Dor

 

Queimadura 2º grau (Gravidade moderada):

  • Dor intensa
  • Bolhas

 

Queimadura 3º grau (Mais grave):

  • Pele acastanhada, negra ou branca
  • Destruição de tecidos
  • Sem dor

 

Como atuar?

  • Avalie a situação e garanta as suas condições de segurança;
  • Afaste o agente que provoca a queimadura ou em alternativa a vítima do agente;
  • Lave e arrefeça abundantemente a zona da queimadura com água tépida (se não estiver na presença de um químico que reaja na presença da água) até alívio substancial da dor;
  • Cubra as áreas queimadas com compressas humedecidas com soro fisiológico ou água;
  • Controle a temperatura corporal, a hipotermia pode acontecer depois do arrefecimento;
  • Não remova as roupas se estas estiverem coladas ao corpo da vítima;
  • Não utilize gelo, pasta de dentes, manteiga, azeite, ou outro tipo de produtos para arrefecer ou hidratar a queimadura pois os mesmos poderão agravar as lesões;
  • Caso a queimadura seja ligeira, procure aconselhamento médico

 

Fonte: INEM

Queimaduras
Suporte Básico de Vida

Suporte Básico de Vida

A paragem cardiorrespiratória (PCR) é um acontecimento súbito, constituindo-se como uma das principais causas de morte em todo o mundo. O SBV aumenta substancialmente a probabilidade de sobrevivência da vítima quando iniciado nos primeiros minutos após a paragem cardíaca, e consiste essencialmente em duas ações: compressões torácicas e ventilações.

 

Por isso, após garantir as condições de segurança do local onde se encontra a vítima, verifique se esta está consciente abanando-lhe suavemente os ombros e chamando por ela. No caso de a vítima não responder, considere que está desmaiada (inconsciente) avaliando depois se respira, recorrendo à técnica VOS: Ver se o tórax expande, Ouvir a passagem do ar e Sentir a respiração na face.

 

Caso a vítima não respire, ligue de imediato 112 (ou garanta que alguém o faz), recorrendo à alta voz do seu telemóvel, e se necessário abandonando a vítima.

 

Depois inicie o SBV até a vítima recuperar ou chegar ajuda diferenciada.

 

Como fazer Suporte Básico de Vida?

  • Deite a vítima de costas no chão ou sobre uma superfície rígida.
  • Coloque as suas mãos sobrepostas com os dedos entrelaçados no meio do peito da vítima.
  • Com os braços esticados e perpendiculares ao corpo da vítima, pressione o peito, fazendo com que este baixe visivelmente e alivie. Repita 30 vezes este movimento de compressão e descompressão do peito da vítima a um ritmo de 100 a 120 por minuto.
  • Ao fim das 30 compressões efetue duas ventilações através da boca da vítima. Para isso encha os pulmões de ar e expire para a boca da vítima, tapando-lhe o nariz com os seus dedos e isolando com os seus lábios os da vítima, para que não exista fuga do ar. Embora a ventilação boca-a-boca seja relativamente segura, sem casos de infeção grave descritos, é recomendável a utilização de máscaras de reanimação. Nos casos em que não seja possível fazer ventilações, faça apenas as compressões.
  • Após ventilar, retome as compressões e siga sempre a sequência de 30 compressões torácicas com 2 ventilações. Mantenha as manobras até à chegada de ajuda ou a vítima recuperar.

 

Particularidades do SBV Pediátrico:

  • Logo que verifique que o latente/criança não respira normalmente, faça 5 ventilações apenas com a quantidade de ar necessária para expandir eficazmente o tórax.
  • Adapte as compressões ao tamanho da vítima: se bebé até um ano use apenas 2 dedos e se criança até 8 anos apenas uma mão, deprimindo até 1/3 da altura do tórax.

 

Fonte: INEM

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também vulgarmente conhecido por trombose ou embolia cerebral, continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares.

 

O AVC acontece quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é impedido, devido a um bloqueio ou derrame. É uma emergência médica que exige uma atuação rápida.

 

No entanto, as estatísticas revelam que na maioria dos casos, o pedido de socorro é feito tardiamente. É importante saber que a janela de tempo entre o início dos sinais e sintomas do doente e o início do tratamento hospitalar, não deve ser superior a 6 horas.

 

Assim, é essencial que cada cidadão saiba quais os sinais de alerta do AVC e como utilizar de forma correta o Número Europeu de Emergência – 112.

 

Se suspeitar que alguém está a ter um AVC, tenha em atenção os seguintes sinais e sintomas:

  • Falta de força num braço
  • Boca ao lado
  • Dificuldade em falar

 

Encontrando-se perante sinais e sintomas de um AVC, deve:

  • Pedir à vítima para sorrir. Se notar alguma assimetria, ou seja, se a vítima sorrir apenas de um lado, poderá ser um indicador que o outro lado da cara está paralisado;
  • Verificar se a vítima consegue levantar os braços. Se estiver a sofrer um AVC poderá apenas conseguir levantar um deles;
  • Tentar estabelecer contacto verbal com a vítima e verificar se comunica com clareza. Normalmente a dificuldade em falar é um dos sintomas mais característicos.

 

Na presença destes sinais, não perca tempo e ligue de imediato 112!

A rápida assistência, o encaminhamento para a unidade de saúde adequada e a intervenção médica especializada são vitais para o sucesso do tratamento e posterior recuperação do doente.

 

Fonte: INEM

Acidente Vascular Cerebral (AVC)
Hipoglicémia

Hipoglicémia

Hipoglicemia (baixa de açúcar) acontece quando os níveis de açúcar no sangue descem para valores abaixo do normal. Embora possa acontecer a qualquer pessoa, é mais comum acontecer a pessoas que sofram de diabetes, uma vez que são mais vulneráveis a este tipo de variações.

 

Numa crise hipoglicémica esteja atento aos seguintes sinais e sintomas, que se podem manifestar isoladamente ou em conjunto:

  • Tremores e fraqueza;
  • Pele pálida, fria e húmida ao toque;
  • Confusão e comportamento irracional;
  • Pulsação acelerada e respiração superficial;
  • Perda de consciência (desmaio).

 

Perante uma vítima consciente com uma crise hipoglicémica, deve tranquilizá-la e ajudá-la a sentar-se, dar-lhe uma bebida doce, como um sumo de fruta ou mesmo uma papa de água e açúcar. Se a vítima melhorar, ofereça-lhe de seguida uma peça de fruta ou uma barra de cereais. Se a vítima não reagir e o seu estado se agravar, ligue 112.

 

Se a vítima estiver inconsciente não lhe deve dar nada a beber ou comer. Deve, sim, esfregar uma papa de açúcar no interior da boca (bochechas).

 

Ligue 112! Nunca se esqueça que do outro lado da linha encontrará todos os conselhos necessários sobre o que fazer até à chegada de ajuda.

 

Fonte:  INEM

  • Estrada José Gonçalves Valente nº16,
    9230-106 Santana

    Coordenadas GPS:
    32.8096987
    -16.8869951